skip to main |
skip to sidebar
Kylie Minogue costuma alternar sua discografia com álbuns voltados para aquele pop fácil que a tornou conhecida a partir de 1988 com outros de repertório para tocar em qualquer lugar, menos em rádio. Desta última safra, o último foi “X” (2007). E o novo CD, “Aphrodite” é o pop da vez.
Quem estava com saudades da Kylie de “I Should Be So Lucky” e “Got To Be Certain” gostará de ouvir boa parte de “Aphrodite” sem parar – e quem detesta a primeira fase da cantora vai passar longe. A produção executiva é assinada por Stuart Price, o homem por trás de “Confessions On a Dance Floor” (2005), de Madonna. Só não vale pensar que ele se superou.
A palavra de ordem aqui – assim como em boa parte da discografia da australiana – é dançar ao som de músicas com refrões fáceis. É aquilo, enquanto tem cantora querendo tornar o pop algo sério (pra quê?), Kylie se diverte e diverte os fãs com muita euro dance e nada de baladas.
“Everything Is Beautiful”, “All The Lovers”, “Cupid Boy”, “Go Hard Or Go Home” (esta uma faixa bônus) e “Get Outta My Way” são as melhores razões para curtir o CD – e talvez as únicas para deixá-lo tocar daqui a uns anos. “Put Your Hands Up (If You Feel Love)” também não faz feio, pelo menos não tanto quanto a ruinzinha faixa-título.
Não é o melhor disco – nem a capa! – de Kylie. Mas o que passa batido no CD pode ser superado no palco. Portanto, caia na estrada, Aphrodite!
Acho que Christina Aguilera gravou “Bionic” para mostrar a todos de onde vem a voz de Lady Gaga (risos).
Quando ainda infernizava os ouvidos com “Genie in a Bottle” e “What a Girl Wants”, Christina Aguilera foi chamada pela revista “Vanity Fair” de a única estrela pop teen que sabia cantar – e com razão. Realmente, Aguilera canta mesmo. Mas até aqui, seu repertório nunca me comoveu – e os ares de piranha em “Dirrty” e de diva de cabaré em “Ain’t No Other Man” sempre me pareceram forçados, coisa de quem quer logo parecer “artista madura” – e as músicas soavam apenas como desculpas frouxas para abrir o berreiro.
Comprei o CD “Bionic” estimulado pelo videoclipe de “Not Myself Tonight”. Enquanto uns pensavam, “Oh! Ela está citando Madonna e imitando Gaga”, eu pensei, “Finalmente parece que ela vai enveredar por um pop eletrônico mais inspirado para as pistas”. Música para dançar rima com vozeirão. E se não estou enganado tem faltado vozeirões de verdade nas rádios, pistas, clipes...
Ouça “Not Myself Tonight”, a tecno-oitentista “Elastic Love”, a cafona de doer (porém eficiente) “Desnudate”, pule as babaladas, exceto “Lift Me Up”, “All I Need” e “You Lost Me”, e se jogue nas duas que encerram o CD, “My Girls” e “Vanity”.
“Bionic” não é nenhuma obra-prima, porém, traz o melhor repertório que Aguilera já interpretou até aqui. E se ela está apenas aproveitando o momento pop que domina a música atualmente, pelo menos é com um pop que soa melhor do que o de ke$has, biebers e irritantes afins.